Liberte-se do Emaranhamento Familiar: Como Identificar e Superar Perfis Familiares Doentios
Muitas de vocês podem estar enfrentando problemas conjugais devido à interferência de membros da família, e é hora de entendermos como isso acontece e o que podemos fazer a respeito. Clique e saiba mais.
Joelma Junqueira
10/6/20233 min read
No intricado tecido de nossa existência, somos moldados pela interação contínua com nossos ambientes, e é na infância que lançamos as bases de como enfrentaremos os desafios da vida. Nossos primeiros relacionamentos familiares desempenham um papel crucial nesse processo, moldando nossas percepções sobre o mundo e sobre nós mesmos. O que acontece, na maioria das vezes, é que em vez de um tecido harmônico, as relações familiares se assemelham mais a fios emaranhados. Esse emaranhamentos ocorrem porque as pessoas não curam suas feridas emocionais e continuam perpetuando perfis familiares doentios, aqueles superprotetores, controladores, abusivos e vitimistas, que podem deixar uma marca profunda em nossa jornada emocional e influenciar diretamente nossos relacionamentos conjugais. Entenda as características desses perfis:
Superprotetores: Esses familiares têm uma necessidade excessiva de cuidar e proteger. Embora seu amor seja genuíno, eles podem sufocar seus relacionamentos. Crescer sob a asa de um superprotetor pode levar a inseguranças e dificuldades em tomar decisões independentes. Se você se sente insegura, precisa da opinião dos outros e volta atrás se alguém te critica, possivelmente, você veio de um lar superprotetor. Pais superprotetores não permitem que os filhos cresçam, mesmo quando eles já estão preparados para assumir maiores responsabilidades e desafios. No casamento, isso pode se traduzir em uma falta de autonomia e confiança.
Controladores: Os controladores tentam governar a vida de seus entes queridos. Eles podem impor suas opiniões e decisões, minando a liberdade e a autoestima de seus familiares. Filhos de pais controladores não tomam suas decisões sem o aval deles. Os pais continuam controlando a vida dos filhos adultos. Crescer com um controlador pode resultar em dificuldades para expressar suas próprias necessidades no casamento, levando à frustração e à sensação de ser dominada, quando se sente vulnerável. Filhos de pais controladores podem aprender a se relacionar exercendo o controle sobre outras pessoas. Mulheres controladoras têm dificuldade de confiar no marido e querem ditar as regras do relacionamento não pelo melhor para o casal, mas para se livrar do medo que a vulnerabilidade lhe causa. Perfis controladores não sabem pedir ajuda e sentem que sabem o que é melhor para o outro.
Abusivos: Esses familiares usam a manipulação emocional, verbal ou até mesmo física para manter o controle. O trauma causado por abusadores pode ter um impacto duradouro, afetando a autoestima e a confiança em si mesma. Vítimas de familiares abusivos podem desenvolver dificuldades sexuais, aceitar relacionamentos abusivos, ou se tornar um abusador dentro das suas relações. Isso pode levar a relações conjugais prejudicadas por medo e ansiedade.
Vitimistas: Os vitimistas têm um talento para colocar a culpa em outros. Pessoas que cresceram em ambientes de vitimistas podem ter uma relação conflituosa com o trabalho, dificuldade para entender os princípios do merecimento (mereço o que teço). Filhos de vitimistas podem sentir também muita pena de si mesmos ou muita culpa pelo que acontece com outras pessoas. No geral, crescer num ambiente vitimista pode ter gerado em você uma confusão sobre responsabilidade (a sua e a dos outros). Crescer com um membro da família que assume o papel de vítima pode ensinar a evitar conflitos e a aceitar responsabilidades injustas no casamento, criando um ambiente tóxico ou pode fazer pensar que a culpa do que você vive é sempre sua ou do outro.
Agora, é importante lembrar que esses perfis familiares não são rótulos permanentes, mas padrões de comportamento aprendidos ao longo da vida. É crucial reconhecer que o que esses familiares fizeram ou ensinaram no passado pode estar impactando seu casamento atual.
O que fazer?
Autoconhecimento: Identificar esses padrões é o primeiro passo. Reflita sobre como sua família influenciou suas crenças e comportamentos. Esteja disposta a olhar profundamente para si mesma.
Comunicação: Converse abertamente com seu parceiro sobre suas descobertas. A comunicação é a chave para superar esses desafios juntos.
Limites saudáveis: Estabeleça limites claros com seus familiares, explicando o que é aceitável e o que não é em seu casamento.
Apoio profissional: Considere a possibilidade de buscar aconselhamento de um terapeuta ou conselheiro de casais para ajudar na navegação dessas questões complexas.
Empoderamento: Aprenda a confiar em sua própria voz e tomar decisões que sejam melhores para você e seu relacionamento.
Lembre-se, querida, você merece relacionamentos saudáveis e felizes. Com amor, empatia e determinação, é possível superar as influências tóxicas de perfis familiares doentios e construir uma vida conjugal mais harmoniosa e gratificante.
Este blog é uma fonte de orientação e apoio. Lembre-se sempre de que cada situação é única, e é importante procurar ajuda profissional quando necessário. Querendo minha ajuda é só agendar uma sessão.